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Mobiliário sustentável - peças recicladas na decoração

Updated: Feb 4, 2022

Reaproveitar aquela peça antiga, mas muito gira, pode ser uma óptima maneira de economizar o seu orçamento numa decoração. Depois deste post, vai pensar duas vezes em reaproveitar e restaurar antes de descartar as suas peças.


A nossa casa ganha carácter se nela estiverem presentes as nossas memórias, ou algumas delas. Nós temos peças que nos acompanham de casa para casa há muito tempo e das quais não nos queremos separar.

É claro que quando queremos uma decoração nova numa casa diferente, não podemos aproveitar tudo o que temos. Caso contrário, a casa fica igual ao que estava. Mas há peças que têm boa estrutura e qualidade, ou apenas se adequam bem à nova decoração/espaço.


1. Lixa, tinta e um pouco de carinho


O nosso cliente queria descartar esta mesa, que já era da avó, e nós pensamos "Porque não aproveitar?"

A mesa tinha uma boa estrutura, em madeira maciça, e só precisava de um pouco de carinho.

O processo foi muito simples e qualquer pessoa o pode fazer:

- Lixar - primeiro com uma lixa mais grossa para retirar a tinta que estava a descascar;

- Lixar novamente com uma lixa muito fininha (sem exercer muita pressão, para não danificar o veio da madeira);

- Aplicar a tinta. Escolhemos uma tinta mate e optamos por duas tonalidades: um cinza e um (quase) preto;

- Para finalizar, optamos por colocar uma camada de cera e polir, para dar um acabamento mais resistente à madeira. Usamos só este acabamento para o tampo, pois este é mais sujeito ao desgaste diário. Optamos por deixar o resto da estrutura em acabamento mate, mas se preferir pode optar por aplicar uma camada fina de cera de abelha por toda a estrutura.


Et voilá! A mesa foi reaproveitada e ficou perfeita para uma pequena área de trabalho em casa:



2. Poltrona anos 70


Assim que vimos esta poltrona, numa loja em segunda mão, apercebemo-nos do seu potencial..

Estava em muito mau estado, com a pele suja e cheia de marcas de tinta. Não tinha almofada no assento mas todo o mecanismo rotativo, os pés em aço e a própria estrutura, estavam em excelente estado.

Depois de a recuperarmos, gostamos tanto de como ficou que até ponderamos ficar com ela no nosso atelier. Mas surgiu logo um projecto onde a cadeira se encaixava na perfeição e tivemos que a deixar ir!


Se tiver alguma peça com características semelhantes e que precise de ser recuperada, meta mãos à obra! Ou então, tem sempre a opção de entregar a um estofador. Neste caso, não o quisemos fazer porque a própria pele (sintética) tinha muito que ver com a época em que a cadeira foi desenhada. Não quisemos desvirtuar a peça ao colocar um estofo novo.


Processo:


1º - Limpar: Ao limpar, usar sempre água tépida, sabão e um pano suave;

2º - Remover manchas de tinta: usamos um produto que já existe no mercado há muitos anos, o Supergel. Convém experimentar sempre numa pequena área escondida a reação do produto de limpeza ao estofo.

3º - Dar um acabamento para reavivar o brilho e proteger o estofo: usamos uma cera de abelha com um pano muito suave;

4º - Coxim: como a cadeira estava sem estofo e não conseguimos encontrar nenhuma pele que fosse exatamente igual, optamos por fazer um coxim para o assento. Optamos por um material contrastante: um linho grosso (estopa) tingido com um tom terracota, que acabou por ligar muito bem com a pele da cadeira.




Poltrona anos 70 - resultado final

3. Poltrona clássica em ótimo estado (mas que transpirava anos 80)


Este é um bom exemplo de como aproveitar um cadeirão clássico. Trouxemos esta poltrona para o século XXI, dando um novo acabamento à madeira e selecionando um tecido de estofo simples.


Aqui a nossa intenção era retirar o verniz da madeira e clareá-la. Como não foi possível, porque a madeira já estava bastante queimada pelo verniz e pelo tempo, optamos por dar um acabamento decapé.

Para o estofo, selecionamos um tecido com uma textura muito semelhante ao linho mas 100% sintético, para ser mais resistente ao uso.


Dica: quando quiserem estofar cadeiras, sofás, etc, optem preferencialmente por tecidos próprios para o efeito, bastante resistentes e em materiais maioritariamente sintéticos.



4. Cadeira de braços


Mantivemos a estrutura da cadeira e voltamos a estofar, com uma imitação de pele muito semelhante à original.


- A estrutura em ferro estava enferrujada, pelo que foi lixada e pintada com tinta preta

em spray - acabamento mate;

- Colocamos novas borrachas nos pés. Encontramos umas exactamente iguais numa loja de borrachas, na Rua do Almada;

- Estofamos o assento e as costas pelo processo tradicional: com tachas de estofador, esticando bem a pele para não ficar folgada;

- Nos braços, optamos por colocar um estofo diferente para contrastar com a pele: utilizamos um tecido tradicional de fatos masculinos de inverno.



Resultado final.

5. Móvel recuperado e zona de despensa fechada


Neste último conjunto de imagens, mostramos não só um móvel recuperado (que ia ser descartado) mas também a transformação, a nível de arquitetura de interiores, que fizemos na copa onde este armário estava inserido. Transformamos o nicho numa despensa fechada com arrumação, bastante necessária para dar apoio à copa.

Móvel antigo por restaurar, a precisar de ajuda de um designer de interiores
Antes.

Zona de despensa fechada desenhada pelo nosso gabinete: optamos pelo acabamento alto brilho e a cor branca, para poder dar mais luz a esta área sem luz natural.



O móvel foi pintado num tom de verde, com acabamento acetinado, e colocado na sala de jantar. Resultou na perfeição!


Colocamos no armário uma colecção de pratos e travessas tradicionais, acentuando ainda mais a frescura das tonalidades verdes.

Deixamos aqui uma sugestão de outras tonalidades de verde que poderíamos utilizar para este tipo de peça:


- CIN E655 Verde Dada;

- CIN 6422 Verde Taipe;

- CIN E709 Líquen;

- CIN E725 Sage Green.


Armário pintado num tom de verde com acabamento acetinado que foi colocado na sala de jantar.
Depois.

Para mais informações, não hesite em contactar-nos: geral@tangerinasepessegos.com



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